Pressionado por grandes empresas que reduzem seu espaço nos mares, preso em redes de pesca comercial e afogado, envenenado pela poluição, ensurdecido pelo barulho de navios, o Botocinza ou Golfinho da Guiana está perdendo a batalha e caminhando rapidamente para a extinção.
Por favor, assine esta petição exigindo que o governo brasileiro tome medidas antes que seja tarde demais.
Caracterizado na bandeira e no brasão da cidade, o boto-cinza é o símbolo do Rio de Janeiro.
Estamos trabalhando com o Ministério Público Federal para garantir que esta espécie permaneça sendo mais do que apenas uma imagem na bandeira.
Cerca de 10 Botos-cinza são mortos todo mês em redes de pesca na Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro.
Com menos de 800 indivíduos restantes, essa importante população será perdida em aproximadamente seis anos, a menos que o governo aja AGORA.
Com o início das Olimpíadas em alguns dias, o governo brasileiro está na berlinda, altamente criticado por não ter limpado suas vias navegáveis e por não ter preparado um local seguro para os atletas olímpicos.
O Brasil pode melhorar sua imagem e proteger o Boto-cinza enquanto o mundo está assistindo.
Adicione seu nome em nossa petição e diga aos oficiais brasileiros que todos os olhos estão neles para que ajam agora.
Essa é a chance que o Brasil tem de provar que pode se manter um jogador respeitável no palco mundial.
Aos órgão responsáveis:
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Instituto Estadual do Ambiente
Polícia Federal - Ministério da Justiça e Cidadania
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Companhia Docas do Rio de Janeiro
Delegacia da Capitania dos Portos em Itacuruçá
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Prezados oficiais do órgão,
Eu estou escrevendo para urgir que tomem as medidas enumeradas abaixo para proteger a população restante de Botos-cinza ou Golfinhos da Guiana no Rio de Janeiro. A população de botos-cinza do Rio de Janeiro é a maior do mundo. Se vocês não agirem agora, a espécie será extinta.
Existe um motivo porque os Botos-cinza são caracterizados na bandeira e no brasão do Rio. É porque esses botos são régios e fortes, assim como o Brasil tem sido ao longo de sua história. Mas os Botos-cinza enfrentam obstáculos significativos para sobreviver e manter uma presença viável, em um momento em que o Rio deveria estar celebrando seu vibrante patrimônio durante as Olimpíadas.
Desde 2003, o número de Botos-cinza no Rio despencaram para alarmantes 40%. Quase 10 Botos-cinza são mortos todo mês na Baía de Sepetiba. Com menos de 800 indivíduos restantes, essa população não mais existirá dentro de poucos anos.
Além de capturas incidentais por pescadores comerciais, o declínio é causado por poluição, sobrepesca da cadeia alimentar do boto-cinza, diminuição do habitat, aumento do tráfego de navios e desenvolvimentos portuários, industriais e urbanos em áreas costeiras.
Seus órgãos carregam a responsabilidade de enfrentar essas ameaças. Junto com o Ministério Público Federal, eu insisto que tomem as seguintes medidas dentro de sua respectiva jurisdição:
(1) Criação de uma força de coalizão policial para monitorar e reprimir a pesca ilegal e excessiva com patrulhas obrigatórias na Baía de Sepetiba semanalmente;
(2) Preparação de um estudo técnico pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para verificar a necessidade de mudanças nas práticas e regulamentações de pesca nas regiões da Baía de Sepetiba e de Ilha Grande;
(3) Formação de um novo grupo sob supervisão do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) com o propósito de reavaliar medidas de mitigação para melhorar as condições de conservação. Para aumentar a eficácia desse grupo, o Ministério Público Federal solicita a participação do Instituto Boto Cinza (IBC);
(4) Elaboração de um novo plano pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) para promover o turismo comunitário como uma fonte alternativa de renda dos pescadores locais tradicionais;
(5) Cessamento imediato de qualquer licenciamento adicional pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) que possa prejudicar os botos-cinza e seu habitat, pendente de estudos científicos adicionais; e
(6) Proibição pela Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) da ancoragem de embarcações nas áreas de concentração de golfinhos.
Eu entendo que o Brasil enfrenta muitas dificuldades. Com as recentes e desfavoráveis notícias internacionais sobre as lideranças brasileiras e críticas sobre as preparações para as Olimpíadas, o Brasil, particularmente o Rio, está nos holofotes internacionais. As atividades (e inatividades) brasileiras estão sendo escrutinadas.
As medidas acima que urgimos que sejam tomadas não salvariam somente o Boto-cinza da extinção, mas também mudariam o sentimento público sobre o Brasil, além de garantir que o país se mantenha um jogador respeitável no palco mundial.
A comunidade internacional está assistindo com horror à Vaquita, o golfinho mexicano, beirar a extinção por causa das inescrupulosas práticas de pesca e proteções ineficientes. O governo do México entrou em cena para salvar a Vaquita, mas nós esperamos que não seja tarde demais. Não deixe que esse também seja o seu legado.
Por favor, tomem medidas agora para proteger o Boto-cinza.
Respeitosamente,
[peticionário]